22/06/21 | São Paulo
Reportagem publicada no Além da Energia
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o setor deve abrir cerca de 118 mil vagas de emprego no Brasil neste ano. A expectativa é bem acima dos 76 mil postos de trabalho abertos pelo segmento em 2020 e um dos principais responsáveis pelo avanço deve ser o Estado do Paraná, que vem aumentando participação nesta matriz energética nos últimos anos.
Em números gerais, o Paraná é o quinto maior gerador de postos de trabalho em energia solar distribuída. Ele teve 8,5 mil posições ocupadas entre 2012 e 2020 e é, no Sul do país, o Estado de maior irradiação solar. As regiões Norte, Noroeste e Oeste, onde estão as cidades de Maringá, Londrina, Cascavel e Foz do Iguaçu, lideram a incidência do Sol no Estado. “A tecnologia fotovoltaica tem um enorme potencial de crescimento no Paraná, o que contribui para uma geração de empregos e atração de investimentos ainda maiores”, diz Liciany Ribeiro, coordenadora da ABSOLAR (PR).
Em termos de investimentos privados, o setor solar fotovoltaico já atraiu mais de R$ 26 bilhões em todo o Brasil desde 2012. O Paraná recebeu R$ 1,5 bilhão desse total.
Até 2019, o Paraná ocupava a quarta posição em geração distribuída e potência instalada e também na geração de postos de trabalho. Atualmente, perdeu uma colocação e está no quinto lugar, mas pode recuperá-la, principalmente com a chegada do programa de crédito exclusivo com juros subsidiados, lançado pelo governo do Estado e pelo Banco do Agricultor Paranaense no fim de abril. O anúncio foi de que projetos de energia fotovoltaica poderão ser financiados com limite equalizado de até R$ 500 mil.
Energia solar distribuída ganha nova fonte de financiamento
Dessa forma, os programas de apoio à irrigação e de fomento com uso de fontes de energia renováveis, negociadas com o Banco do Agricultor Paranaense, terão equalização integral das taxas de juros em contratações efetivadas até 31 de dezembro de 2022.
Foi previsto também subvenção para operações em obras civis, aquisição de materiais e equipamentos e na elaboração de projetos de geração de energia de fontes fotovoltaicas e outras sustentáveis. “Vemos com muito bons olhos esse incentivo porque o importante é baratear o produto paranaense e a energia é um dos componentes mais caros para o produtor. A energia fotovoltaica vem como uma alternativa de energia limpa, renovável e que pode apresentar um custo de investimento mais baixo”, conclui Liciany Ribeiro.