08/07/21 | São Paulo
Reportagem publicada no Canal Solar
Setor foi o principal fator inflacionário do mês por causa do acionamento da bandeira tarifária vermelha, no patamar 2
Puxada novamente pela alta da energia elétrica, a inflação oficial no país, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), subiu 0,53% em junho deste ano – o maior resultado para o mês desde 2018, quando ficou em 1,26%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador acumula agora alta de 3,77% desde o começo do ano e 8,35% nos últimos 12 meses. O preço da energia elétrica foi o principal fator de aumento no mês por causa do acionamento da bandeira tarifária vermelha, no patamar 2, que passou a vigorar em junho a um custo de R$ 6,243 para cada 100 kW/h consumidos.
Em maio, o país operou na bandeira vermelha 1, cujo acréscimo era menor, de R$ 4,169. Porém, com o agravamento da crise hídrica, provocado pela falta de água nos principais reservatórios brasileiros, o valor precisou ser reajustado mais uma vez no ano.
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Para o mês de julho, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou um novo reajuste no valor da bandeira vermelha 2. O valor da tarifa extra subiu 52% e passou para R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos.
No entendimento de Arthur Santini, diretor da Ecori, o Brasil precisa começar a se preocupar em diversificar a sua matriz energética, apostando em renováveis, em especial na fotovoltaica. “A solar ajuda a termos menores custos como um todo, aliviando o sistema nacional de energia elétrica, evitando bandeiras tarifárias, tirando a necessidade de construção de novas termelétricas e ainda ajuda o meio ambiente”, disse.
Para o executivo, a alta da energia afeta não somente as famílias brasileiras, como também os empresários que dependem da eletricidade para prestar seus serviços. “Já é mais que necessário uma aprovação de um Marco Legal para os renováveis em geração distribuída, que permita ao país crescer com energia limpa”, concluiu Santini.