Plano Safra 20212022 é positivo para investimentos em energia solar, diz ABSOLAR

15/07/21 | São Paulo

Reportagem publicada no Globo Rural

Entidade que representa a indústria do setor avalia que houve ampliação não apenas do volume de recursos, mas também das linhas de financiamento

O Plano Safra 2021/2022 amplia recursos e opções de financiamento para quem pretende investir em energia solar no campo. É o que afirma, em nota, a Associação Brasileira de Energia Sola Fotovoltaica (ABSOLAR), que faz uma avaliação positiva das condições anunciadas pelo governo, em vigor desde o dia primeiro de julho.

Paineis de energia solar. Propriedades rurais detêm 13% da capacidade enstalada no país (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

A ABSOLAR destaca que o financiamento de energia renovável passou a fazer parte do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Com isso, a energia solar passou a ser contemplada em quatro programas incluídos no Plano Safra: além do ABC, integra o Pronaf, o Inovagro e o Prodecoop. Somadas, essas linhas colocam R$ 26,9 bilhões para investimentos em projetos no campo, 56% a mais que no Plano Safra passado.

“A energia solar será cada vez mais estratégica ao agronegócio, pois traz inúmeros benefícios aos produtores rurais”, ressalta o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, em nota. “O novo Plano Safra avançou nesta direção: são mais opções de financiamento e mais recursos para facilitar o acesso à tecnologia”, avalia.

De acordo com a ABSOLAR, com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o investimento acumulado em energia solar nas propriedades rurais já supera os R$ 3,7 bilhões. Atualmente, essas propriedades detêm 37 mil sistemas, que correspondem a 13,1% da potência instalada no Brasil.

No campo, essa fonte de energia pode ter diversas aplicações, destaca a ABSOLAR, no seu comunicado. Entre elas, bombeamento de água, refrigeração de produtos, regulação de temperatura de aviários, iluminação, cercas e monitoramento da propriedade. Na avaliação da entidade, pode ser também um fator de competitividade ao produtor, já que reduz custos com energia elétrica.