24/02/22 | São Paulo
Reportagem publicada pela Agência Brasília
Encontros promovidos pela Emater-DF mostram como a instalação da fonte alternativa pode reduzir valor do consumo em até 95%
“O uso de energiafotovoltaica tem crescido muito em áreas agrícolas. Como qualquer outra área tem seus prós e contras, suas vantagens e desvantagens. Por isso é importante que os produtores recebam orientações técnicas sobre o assunto”, destacou o gerente do escritório local da Emater-DF no Núcleo Rural Jardim, Rafael Ventorim
Para incentivar cada vez mais o uso de energia renovável e sustentável na agricultura, a Emater-DF tem realizado uma série de encontros com produtores rurais para abordar o assunto. Orientar sobre energiafotovoltaica, materiais utilizados, instalações, manutenção, benefícios e desvantagens de alguns modelos são algumas das informações repassadas pela empresa.
“O uso de energiafotovoltaica tem crescido muito em áreas agrícolas. Como qualquer outra área tem seus prós e contras, suas vantagens e desvantagens. Por isso é importante que os produtores recebam orientações técnicas sobre o assunto”, destacou o gerente do escritório local da Emater-DF no Núcleo Rural Jardim, Rafael Ventorim.
No encontros como o promovido no Núcleo Rural Jardim para orientar sobre energiafotovoltaica, a Emater leva informações sobre materiais utilizados, instalações, manutenção, benefícios e desvantagens de alguns modelos | Fotos: Divulgação / Emater-DF
A pedido dos próprios produtores da região, próxima ao PAD-DF, a Emater-DF organizou um encontro, nessa quarta-feira (23), que contou com a participação do assessor técnico da empresa Tupac Petrillo, especialista em Gestão Ambiental, e agricultores locais. Outros encontros para falar sobre o assunto já foram realizados em regiões como no Lago Oeste, Vargem Bonita e Buriti Vermelho.
Atualmente, o Governo do Distrito Federal (GDF) possui uma política de incentivo a energias renováveis. A Emater-DF, enquanto empresa pública do GDF, tem trabalhado para disseminar informações e indicar os melhores caminhos para que os produtores possam adotar meios sustentáveis de produzir. “Temos um programa de trabalho nesse sentido. Nós informamos aos produtores sobre energiafotovoltaica e também estamos capacitando nossos técnicos para que possam orientar durante os atendimentos no campo”, afirmou Petrillo.
“O sistema de geração distribuída on-grid é conectado na rede e projetado para gerar créditos. Ou seja, abater o valor gerado na conta. Já no sistema off-grid, não existe conta e o produtor pode se desconectar da rede da concessionária ou usar a rede só para backup, quando você não tiver a carga de bateria suficiente”, informa o assessor técnico Tupac Petrillo
De acordo com ele, para cada caso, são analisadas as necessidades da propriedade para só então fazer as recomendações. “Existem vários fluxogramas que a gente usa pra descobrir o que é viável e como é viável. A gente olha a demanda, carga, necessidade e período de uso. Nosso papel é viabilizar e mostrar o que é viável. A Emater não participa do processo de aquisição, mas nós orientamos na modelagem, no preço e sobre a eficiência dos equipamentos”, explicou.
No Núcleo Rural Jardim, uma grande parte da agricultura é formada por grandes produtores. Um dos agricultores presentes no encontro desta semana relatou pagar uma média de R$ 100 mil por mês na conta de energia. Petrillo explicou que, com um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão na instalação de placas fotovoltaicas, ele consegue reduzir cerca de 95% da conta. O investimento é pago entre 4 e 5 anos.
As dúvidas mais recorrentes são relacionadas aos sistemas on e off-grid. “O sistema de geração distribuída on-grid é conectado na rede e projetado para gerar créditos. Ou seja, abater o valor gerado na conta. Já no sistema off-grid, não existe conta e o produtor pode se desconectar da rede da concessionária ou usar a rede só para backup, quando você não tiver a carga de bateria suficiente”, disse o assessor técnico.