20/07/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Brasil Energia
Irena estima que a energia limpa adicionada em 2021 pode economizar cerca de US$ 55 bilhões na geração energética de 2022
Um estudo publicado pelo Irena mostra que que quase dois terços da energia renovável recém-instalada em 2021 teve custo mais baixo em comparação a opção de carvão mais barata no G20. Com a alta dos combustíveis fósseis, a pesquisa estima que a energia limpa adicionada em 2021 pode economizar cerca de US$ 55 bilhões na geração energética de 2022.
Os custos das energias renováveis caíram no ano passado com os desafios da cadeia de suprimento e o aumento de preço das commodities. O gasto da eólica onshore diminuiu 15%, da eólica offshore 13% e da energia solar fotovoltaica reduziu 13% em relação a 2020.
“O ano de 2022 é um exemplo gritante de quão economicamente viável a nova geração de energia renovável se tornou. A energia renovável liberta as economias dos preços e importações voláteis de combustíveis fósseis, reduz os custos de energia e aumenta a resiliência do mercado – ainda mais se a atual crise de energia continuar”, ressaltou o diretor-geral da Irena, Francesco La Camera.
De acordo com o relatório, os 109 GW de adições de energia renovável de países não pertencentes à OCDE custam menos que a nova opção mais barata de combustível fóssil. Além disso, vão reduzir os custos em pelo menos US$ 5,7 bilhões anuais nos próximos 25 a 30 anos.
A alta do preço do carvão e gás fóssil nesse último ano vai deteriorar a competitividade dos combustíveis e aumentar os investimentos em energia limpa. No caso da Europa, por exemplo, nova geração de gás fóssil será cada vez mais antieconômica com o aumento dos valores.
Entre janeiro e maio de 2022, a geração de energia solar e eólica pode ter economizado US$ 50 bilhões em importações de combustíveis fósseis na Europa. O continente mostra que os custos de combustível podem ser quatro a seis vezes maiores em comparação ao custo de vida útil das energias renováveis.
