10/08/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Monitor Mercantil
O Brasil ultrapassou uma nova marca histórica, a de 17 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 8,4% da matriz elétrica do país.
Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 90,5 bilhões em novos investimentos, R$ 24,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 514 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 25,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
O Brasil possui aproximadamente 5,3 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao Brasil mais de R$ 27,3 bilhões em novos investimentos e mais de 158 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação de R$ 8,7 bilhões aos cofres públicos. No segmento de geração própria de energia, são mais de 11,9 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 63 bilhões em investimentos, R$ 15,9 bilhões em arrecadação e mais de 356 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 98% de todas as conexões de geração própria no país, liderando com folga o segmento.
Somadas as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia, a fonte solar ocupa o terceiro lugar na matriz elétrica brasileira, à frente das termelétricas movidas a gás natural e biomassa. E São Paulo está entre os estados com maior potência instalada de energia solar na geração própria em telhados e pequenos terrenos: a região possui mais de 1,5 gigawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
A potência instalada em São Paulo coloca o estado na segunda posição do ranking nacional da Absolar. Segundo a entidade, o território paulista responde sozinho por 13,2% de todo o parque brasileiro de energia solar na modalidade. O estado possui 174,9 mil conexões operacionais, espalhadas por 640 municípios, ou 99,2% dos 645 municípios da região. Atualmente são mais de 204,3 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou à São Paulo a atração de mais de R$ 7,82 bilhões em investimentos, geração de mais de 45 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 2,1 bilhões aos cofres públicos.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) encerrou o mês de julho com novos recordes de energia solar e eólica. No dia 28 foi alcançado 3.164 MW em geração solar instantânea no Subsistema Nordeste. Esse índice, que superou os 3.153 MW instantâneo, do dia 25/7, representa 29,9% da demanda da região, com fator de capacidade de 83,6%.
O Sistema Interligado Nacional (SIN) também apresentou recorde de geração de energia solar média no dia 28/07/2022, com 1.495 MW médios, representando 2,1% da demanda de todo o sistema. Já a geração eólica no Nordeste encerrou o mês com 14.539 MW (instantânea), no dia 31/7, representando 116,1% da demanda da região. O dado superou o melhor resultado registrado até então, 14.473 MW, no dia 24 de julho.
Ao longo do mês de julho foram registrados 11 recordes, seis de geração de energia solar e cinco da geração eólica média e instantânea.