05/05/15 | São Paulo
Segundo Rodrigo Lopes Sauaia, diretor executivo da ABSOLAR (Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica), “a energia solar é um complemento a outras fontes de eletricidade”. Entre as várias tecnologias para transformar energia solar em eletricidade está a utilização de placas solares flutuantes em superfícies de represas das hidrelétricas. Ou seja, a mesma estrutura já constituída serve para uma segunda e simultânea geração de eletricidade, por meio dessas placas em seus lagos, compensando os prejuízos da estiagem.
De fato, a complementaridade de ambas gerações é um ciclo natural. “Quando há mais abundância de água, prevalece a geração hidrelétrica. Quando há estiagem, há mais sol, existe mais potencial de geração complementar por energia solar”, diz Rodrigo Lopes.
A despeito dessa possibilidade, a energia solar para eletricidade provém de várias origens. Além de reservatórios das hidrelétricas, agora objeto de pesquisa, existem as provenientes do solo, de telhados, de estacionamentos, de janelas e fachadas de edifícios. “As fontes mais atrativas são provenientes do solo. As de superfície líquida são mais caras. Apesar de mais cara, a superfície líquida gera energia elétrica e ao mesmo tempo que reduz a evaporação”, explica o executivo da ABSOLAR.
Para Rodrigo Sauaia, da ABSOLAR, a tecnologia mais usual de energia solar fotovoltaica é baseada nos módulos de cilício cristalino, que absorvem 85% do mercado e duram até 25 anos. Em seguida,vem a tecnologia do filme fino que usa superfícies rígidas, como o vidro, e outros semicondutores, como o Cdte (tetracloreto de cádmio) e CCIGS (cobre, índio, gálio e selênio). Esse nicho abrange 10 a 15% do mercado. Terceira tecnologia: painéis fotovoltaicos orgânicos (OPV em inglês). Por ora, ela abrange 1% do mercado, com perspectivas de crescimento. “A vantagem dos OPV está em aplicações não tradicionais de baixa resistência (peso), como mochilas, telhas, fachadas, janelas de edifícios, incluindo superfícies líquidas”, ressalta o diretor da ABSOLAR.