03/10/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Broadcast
Diante do resultado das urnas nas eleições deste domingo, 2, que resultou em segundo turno entre
o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o setor de energia solar reforça a defesa de que o próximo presidente da República inclua a fonte solar fotovoltaica como ferramenta estratégica para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do País.
“Esperamos que o próximo governo amplie o protagonismo da energia solar como uma alavanca ainda maior para a atração de investimentos, geração de emprego e renda e fortalecimento da sustentabilidade do Brasil”, disse ao Broadcast o presidente do Conselho da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Ronaldo Koloszuk.
Ele disse que a fonte solar acumula cerca de R$ 100 bilhões em investimentos desde 2012, com a geração de mais de 570 mil empregos acumulados e arrecadação de R$ 27 bilhões aos cofres públicos. Segundo a ABSOLAR, os empreendimentos solares fotovoltaicos instalados já superam 19 gigawatts (GW) de potência instalada, somando usinas de grande porte e sistemas de geração própria de energia elétrica em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o que corresponde a 9,6% da matriz elétrica do País.
Para Koloszuk, com maior estímulo à fonte solar seria possível reduzir a conta de luz e, ao mesmo tempo, acelerar a transição energética a partir de tecnologias limpas, renováveis e competitivas, em linha com compromissos internacionais assumidos no combate climático.
A ABSOLAR defende, em particular, que o próximo governo federal trabalhe pelo “tratamento justo e equilibrado” da geração própria de energia solar, “considerando todos os seus benefícios”. Também defende o aprimoramento do planejamento da matriz elétrica brasileira e da infraestrutura de transmissão, de forma a permitir maior protagonismo da fonte solar, tendo em vista que a tecnologia tem se mostrado a mais competitiva nos leilões.
A associação cita, ainda, entre os temas estratégicos para a modernização do setor elétrico, o armazenamento energético por baterias, os sistemas híbridos de geração renovável, o hidrogênio verde e a implantação e estímulo ao mercado para a venda de crédito de carbono brasileiro.