20/07/16 | São Paulo
Portal Araxá
Com a presença de especialistas do Brasil e dos Estados Unidos, a Cemig promoveu, nesta quinta-feira (23/6), em Belo Horizonte, um debate sobre a geração distribuída.
O ex-diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, e o professor da Universidade de Harvard (EUA), Dr. Ashley Brown, abordaram os cenários atuais e futuros da geração distribuída nos dois países, onde fontes renováveis, o armazenamento de energia e mudança de hábitos devem assumir maior destaque nos próximos anos.
O 6º Fórum de Tecnologia e Inovação (FIT), realizado na sede da companhia, discutiu, em perspectiva nacional e internacional, os prognósticos, cenários, desafios, oportunidades, ameaças, incentivos e a regulamentação da energia produzida pelo consumidor.
O evento contou ainda com a participação de palestrantes da Cemig, Efficientia, Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) e Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
A geração distribuída permite que o consumidor produza a sua própria energia elétrica e envie o excedente para a rede de distribuição de sua região, sendo remunerado pela concessionária.
No Brasil, a Aneel estabelece que as fontes de geração distribuída devem ser renováveis, tais como: painéis fotovoltaicos, geradores hidráulicos, eólicos, biomassa etc. Até 2024, cerca de 1,2 milhão de residências devem contar com energia produzida pelo sistema de geração distribuída, segundo a agência.
Liderança
O presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, abriu o evento destacando que a empresa é líder em inovação, com a aplicação média, nos últimos anos, em torno de 20% dos investimentos em P&D do setor elétrico nacional.
Segundo Mauro Borges, o Grupo Cemig investe, aproximadamente, 25% dos recursos em P&D em inovação radical, que representam novos paradigmas no setor energético, com destaque para projetos de geração distribuída e fontes alternativas de energia. Só dentro desse tema, já foram investidos R$ 189 milhões em mais de 90 projetos.
Mauro Borges ressaltou ainda a cooperação técnica com universidades e instituições de ensino, com recursos do Programa de P&D, e o fomento à criação de centros de pesquisa, como o Green Solar da PUCMinas, o NEST (Núcleo de Excelência em Sistemas Térmicos) da Unifei, o Excen (Centro de Excelência em Eficiência Energética) também da Unifei, o Cepei (Centro de Pesquisa em Energia Inteligente) do Cefet/MG e o Lampac (Laboratório de Pesquisa em Células a Combustível) da UFMG, dentre outros que somam 19 centros de pesquisa.
“A Cemig também emite anualmente o Balanço Energético do Estado de Minas Gerais e produziu o Atlas Eólico e o Atlas Solarimétrico do Estado de Minas Gerais, que terá um novo livro em 2016, e está desenvolvendo o Atlas de Biomassa do Estado de Minas Gerais, com previsão de lançamento em 2017”, ressaltou o presidente.
Liderança em geração distribuída
Minas Gerais conta com fatores altamente favoráveis para a instalação de mini e microusinas para a geração distribuída, o que possibilita um retorno do investimento mais rápido: deferimento do ICMS pelo governo estadual, excelentes níveis de radiação na maior parte do estado e tarifa de energia atrativa para os investidores.