16/01/23 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Biomassa Bioenergia
Tecnologia fotovoltaica em telhados, fechadas e pequenos terrenos já proporcionou ao Estado a atração de mais de R$ 2,8 bilhões em investimentos
Mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) mostra que o Ceará ultrapassou 48,9 mil conexões de geração própria de energia solar em telhados e pequenos terrenos. A região possui 533,4 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Ceará a atração de mais de R$ 2,8 bilhões em investimentos, geração de mais de 15,8 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
A potência instalada de geração própria de energia solar coloca o Estado na décima posição do ranking nacional da ABSOLAR. Atualmente, são mais de 60,4 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz e maior autonomia e confiabilidade elétrica.
Para Jonas Becker, coordenador estadual da Absloar no Ceará, o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
“O Estado é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.
Os consumidores interessados em instalar geração própria solar em residências, pequenos negócios e propriedades rurais têm cerca de seis meses para aproveitar regras mais vantajosas, previstas no marco legal da geração própria de energia renovável.
A Lei n° 14.300/2022 estabelece que consumidores que protocolarem o pedido de conexão do sistema fotovoltaico até o dia 7 de julho de 2023 terão um período de transição mais longo para a cobrança pelo uso da rede elétrica, com dois anos a mais, até 2030, melhorando a atratividade do sistema, com mais economia na conta de luz e menor tempo de retorno sobre o investimento.
Já para protocolos feitos a partir de 7 de julho de 2023, o período de transição se encerra em 2028. Segundo Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absloar, o crescimento acelerado dos projetos fotovoltaicos em residências, pequenos negócios, produtores rurais e prédios públicos está ligado principalmente a fatores como o alto custo da energia elétrica no País, a queda dos preços da energia solar e facilidade de financiamento com taxas atrativas.
“A energia solar ajuda a população e as empresas a se protegerem dos fortes aumentos nas contas de luz e contribui para a sustentabilidade do País. Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia fotovoltaica, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível”, conclui Sauaia.