17/06/24 | São Paulo
Saiba como funciona, os tipos de instalação e o preço do kit fotovoltaico
Matéria publicada por Canal Solar
A energia solar residencial segue crescendo no Brasil. Ao todo, o país possui mais de 2 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em imóveis, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Além disso, dados publicados pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) mostram que a implementação de instalações em telhados já foi responsável por atrair mais de R$ 70 bilhões em investimentos.
Não há dúvidas que o segmento está em plena expansão, não é mesmo? Mas você sabe como funciona a energia solar residencial? Sabe os tipos de instalação, os benefícios de ter uma usina em casa e qual preço do kit de energia fotovoltaica residencial?
Confira, abaixo, tudo sobre o assunto!
A fonte solar fotovoltaica é aquela na qual a energia produzida provém da luz solar e é transformada em eletricidade para usarmos em qualquer equipamento doméstico.
Para a geração solar, são usados módulos fotovoltaicos que farão a transformação da luz em eletricidade e também inversores que farão a conversão da corrente contínua gerada para corrente alternada, que é a adequada para se conectar as instalações elétricas residenciais convencionais.
O primeiro passo para ter acesso a esse tipo de energia é instalar os módulos fotovoltaicos no imóvel. Esses módulos podem ser instalados nos telhados, lajes ou até mesmo em estruturas próprias de fixação no solo.
Quanto mais energia os painéis fotovoltaicos produzirem, menos você precisará usar da rede elétrica, economizando assim na sua conta de energia.
Lembre-se: os detalhes de aquisição e instalação de um sistema solar residencial deve ser visto junto com uma empresa especializada, que contará com profissionais capacitados para a instalação (conhecidas como empresas integradoras).
É preciso entender que o sistema de geração de energia solar tem duas frentes principais: on-grid e off-grid. A diferença entre eles é que o on-grid é ligado à rede da concessionária de energia, enquanto o off grid é 100% autônomo – ou seja, não é conectado à rede da distribuidora.
Caso você produza, com os seus módulos solares, mais energia do que consome e seu sistema fotovoltaico estiver conectado com a rede elétrica pública, ou seja, um sistema on-grid, então o excedente é injetado na rede, gerando créditos de energia. Estes podem ser acumulados e utilizados para abater o consumo em períodos que a geração não seja suficiente ou em períodos noturnos, onde não se tem a geração.
Já os sistemas off-grid são independentes da rede elétrica pública, e podem acumular o excedente de energia solar gerada carregando um banco de baterias para prover energia elétrica nos momentos em que não é possível a geração de energia solar (noite).
Existem também os sistemas híbridos – aqueles que podem operar nos modos on-grid e off-grid. A principal aplicação dos sistemas híbridos é diversa e possuem diversas estratégias de uso, como: sistemas de backup, controle de demanda, utilização em horários em que a energia é mais cara (horários de ponta), etc.
Nos sistemas híbridos, quando ocorre uma falha da rede elétrica, o modo grid-tie é desligado e o modo off-grid é ativado, assim o cliente pode utilizar a energia mesmo sem a rede da distribuidora, utilizando como fonte de energia seu sistema de armazenamento (baterias).
Agora que você entendeu o que é a energia solar residencial, vamos para a próxima etapa: contratar um profissional qualificado para dimensionar o seu sistema fotovoltaico residencial e elaborar o projeto mais adequado ao seu imóvel.
Nessa fase, um profissional da empresa irá avaliar o consumo médio de energia nos últimos 12 meses, geralmente através da fatura de energia do imóvel. Além disso, ele irá avaliar qual é a área disponível para a instalação das placas solares.
Com base nessas informações, a empresa irá dimensionar qual a potência do sistema de geração e consequentemente a quantidade de placas solares, inversores, estruturas de fixação, cabos e conectores.
Nesta etapa de dimensionamento, é comum haver uma visita técnica para conhecer o imóvel, as características da instalação e as dificuldades que serão enfrentadas na execução do projeto.
Essa visita será a base para a formação do orçamento, já que detalhes elétricos dos quadros, posicionamento e tipo do telhado, entre outros, são essenciais para composição do orçamento.
Após essa visita, o profissional qualificado irá escolher a melhor solução técnica que atenda o cliente. Ou seja, se o sistema será on-grid, off-grid ou híbrido.
Se for on-grid ou híbrido, a próxima etapa é fazer a solicitação de autorização para a distribuidora de energia, o que chamamos de pedido de orçamento de conexão. Se for off-grid não será necessário realizar tal pedido, visto que não é conectado à rede elétrica.
Após a escolha da melhor opção de sistema, parte-se para a compra do kit fotovoltaico, que pode composto pelos seguintes equipamentos:
O processo de instalação é fácil e prático, mas deve ser feito por uma pessoa qualificada que entenda como funciona um sistema de energia solar residencial, afinal, o contato com equipamentos que geram energia é perigoso e a execução da obra deve ser feita de maneira correta para ser durável e não traga transtorno ao cliente.
Um dos principais benefícios da energia solar residencial é a economia na conta de luz. Uma vez que os sistemas fotovoltaicos geram energia própria na unidade consumidora, o usuário depende muito menos da energia elétrica vinda da rede pública e pode pagar um preço mais barato por sua energia gerada.
Caso a produção energética dos painéis solares seja maior do que o consumo, então o excedente é injetado na rede, gerando créditos que podem ser utilizados posteriormente, abatendo o valor na conta de luz.
Outra vantagem da energia solar residencial é a valorização dos imóveis. Há estimativas de que um imóvel com sistema de energia solar chegue a valer 4 ou 6% a mais. Levando em consideração o preço total desse bem, tal adicional representa uma diferença interessante.
Imagine um imóvel que custe R$ 300 mil. Com sistema solar valorizando 6%, esse valor já sobe para R$ 318 mil. Em outros casos, a valorização pode subir ainda mais, tudo depende das características gerais do imóvel.
As usinas solares partem de uma fonte energética não poluente, que é a luz do sol. Portanto, ao utilizar um gerador de energia fotovoltaica, você está contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Muitas fontes energéticas utilizadas no mundo contribuem para o aumento das emissões mundiais de gases que intensificam o efeito estufa, um dos principais responsáveis pelas graves consequências do aquecimento global.
Para investir em um sistema fotovoltaico para a sua residência, você pode utilizar capital próprio ou obter um financiamento bancário. Várias instituições financeiras no Brasil hoje já disponibilizam linhas de financiamento próprias para a energia solar residencial.
Dependendo do valor da parcela do financiamento, esta pode ser paga com a economia gerada na conta de energia elétrica proporcionada pelo sistema fotovoltaico.
Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) em seu Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2023 o consumo de energia na classe residencial foi de 152.771 GWh – alta de 2% em relação a 2021.
A classe residencial representa o maior número de unidades consumidoras de eletricidade do país, no entanto, o consumo médio residencial por região e unidade federativa (UF) apresenta níveis distintos pelo Brasil.
Considerando uma irradiação média de 5 kWh / m² e 0,8 de eficiência global do sistema, seria necessário um sistema fotovoltaico de aproximadamente 106,09 GWp para atender esse consumo registrado de 152.771 GWh.
Dados da Greener, referentes ao ano de 2023, apontam que o preço médio do sistema residencial em janeiro de 2024 teve queda de 28% em relação a janeiro do ano anterior e queda de 14% em relação a junho de 2023.
O custo médio de um sistema fotovoltaico residencial de 4 kWp é de R$12.680, frente a R$17.560 em janeiro de 2023. A participação (%) dos serviços de integração se manteve estável apesar da queda do preço das usinas.
Segue abaixo a tabela que corresponde ao preço histórico do sistema residencial de 4 kWp em R$/Wp.
Sem dúvida a energia solar residencial é um investimento que vale a pena.
Os equipamentos usados em um sistema fotovoltaico têm fácil instalação e manutenção, bem como os custos estão caindo nos últimos anos.
A instalação da energia solar atualmente é viável para os consumidores e uma grande oportunidade de produzir sua energia a um preço mais baixo, além de toda a sustentabilidade envolvida na produção dessa energia.
Além disso, os sistemas apresentam uma longa durabilidade, tornando a usina um bom custo-benefício para quem a adquire. A sua vida útil costuma ficar em torno de 25 a 30 anos.
A média do payback, tempo de retorno do investimento, de um sistema fotovoltaico residencial no Brasil, conforme últimos dados da Greener, é de 3,3 anos, como pode ser observado na figura a seguir.
É possível observar uma melhora no retorno do investimento, com redução de 25% do payback comparando janeiro de 2024 com mesmo mês de 2023, sendo a queda do CAPEX o principal fator para essa variação. Há uma redução de 13% entre janeiro de 2024 e junho de 2023.
Foram analisados os cenários de GD II em janeiro de 2023 até janeiro de 2024, considerando apenas as mudanças de tempo de obra, início da operação, reajustes tarifários e preço de equipamentos.
A energia solar é uma das fontes mais competitivas, sendo a que mais cresce no Brasil e no mundo. Quem investe na energia solar residencial consegue economizar na sua conta de energia, com um retorno rápido dos investimentos.
Para se ter uma ideia, os preços para o cliente final de sistemas de micro GD em janeiro de 2024 apresentaram queda de 30% em relação a janeiro de 2023, sendo a redução do preço do módulo o principal fator de influência. Os portes maiores, de mini GD, apresentaram queda de 24%, apontou a Greener.
Além de acelerar a descarbonização das atividades econômicas e ajudar no combate ao aquecimento global – a fonte solar vem tendo um papel cada vez mais estratégico para a competitividade dos setores produtivos, alívio no orçamento familiar e independência energética.