Energia solar como alternativa para os desafios climáticos

10/02/25 | São Paulo

Entenda como a transição energética torna-se uma aliada importante para a redução dos impactos ambientais e a melhora na sustentabilidade do planeta

Reportagem publicada pelo Gazeta da Semana

As mudanças climáticas são uma questão cada vez mais urgente. A forma como os seres humanos produzem e consomem tem se mostrado agressiva e danosa para o planeta e sua biodiversidade. Como resultado, eventos extremos têm mostrado sua força de maneira cada vez mais frequente. Dentre os principais problemas, está a geração de energia.

Os combustíveis fósseis, largamente utilizados em todo o planeta, são apontados como um dos maiores responsáveis pelos gases de efeito estufa, principal causa do aquecimento global. Uma solução que tem sido apontada para obtenção de energia mais limpa é a energia solar. Sustentável e barata em médio prazo, tem sido cada vez mais usada pelos brasileiros.

Entendendo as mudanças climáticas

Mudanças climáticas são alterações que impactam diretamente os padrões climáticos da Terra, causando variações na temperatura média do planeta, derretimento de geleiras, consequente aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos e alterações nos padrões de precipitação.

As condições extremas também fazem com que longos períodos sem chuva tornem-se cada vez mais comuns, gerando problemas até mesmo para o abastecimento dos reservatórios das represas e causando crises hídricas cada vez mais frequentes. Contudo, sendo o Brasil um país tropical, não sofre com a falta de incidência de luz solar, o que é especialmente benéfico para uma maior transição para a matriz solar.

Energia solar como aliada do planeta

A eletricidade produzida utilizando o sol como fonte permite a redução na dependência das “fontes sujas”, prejudiciais ao meio ambiente. Logo, o uso cada vez mais corrente de energia solar é capaz de mitigar uma série de efeitos negativos do clima, através da redução nas emissões de CO2. 

Desta forma, a matriz solar auxilia na estabilidade do clima e garante a preservação de padrões climáticos importantes para a agricultura, saúde humana e biodiversidade. Por não utilizar recursos naturais não renováveis, a energia solar atua ainda como aliada das indústrias.

Afinal, permite que elas adotem formas de produção mais sustentáveis para o planeta. Ou seja, tem aplicações tanto em pequena escala, como em casas e comércios, como na indústria pesada. Neste caso, fica em conformidade com as melhores práticas do ESG (governança ambiental, social e corporativa), por exemplo, o que agrega mais valor para sua cadeia produtiva.

Além disso, permite a geração de eletricidade para além da hidrelétrica, a principal matriz energética do país. Isso diminui a dependência em um único modal energético, contribuindo para uma geração mais diversificada, sem a dependência das chuvas.

Embora a transição energética seja uma maneira eficaz de reduzir os impactos no meio ambiente, as próprias alterações no clima podem alterar esse processo, caso não se concretize rapidamente e de maneira mais incisiva. Um estudo feito por pesquisadores da Unifesp e do INPE aponta que a forma como a energia solar é produzida no país pode sofrer alterações em um curto período de tempo.

Os dados levantados apontam que até 2100 haverá um aumento na incidência de energia solar entre 2% e 8% nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país. Já no Sul a pesquisa indica queda de 3%. Entre os principais fatores para essa variação, estão o crescimento acelerado do desenvolvimento econômico e as emissões de gases de efeito estufa.Por isso, quanto antes a implementação da energia solar for realizada, mais benéfica ela será para o meio ambiente. Atualmente, existem três tipos de energia solar que podem ser utilizados: o sistema solar fotovoltaico, capaz de gerar grande quantidade de energia, o sistema solar térmico, indicado para residências e empresas, e o sistema heliotérmico, em que há possibilidade de armazenamento de energia, evitando desperdícios.