20/07/21 | São Paulo
Reportagem publicada no Biomassa BR Energias Renováveis
Eventos aconteceram no último dia 8 e envolveram a produção de fontes hidrelétricas, assim como eólica, solar e biomassa
Os Leilões de Energia A3 e A4, de 2021, que aconteceram na última semana apresentaram números expressivos voltados para a geração de energia renovável no Brasil.
Organizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e também pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os leilões foram os primeiros a serem realizados desde o início da pandemia.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME) os leilões envolveram 4 bilhões de reais em investimentos para obras futuras de energia no país e terão duração de 20 a 30 anos desde o inicio de sua operação, a qual deve acontecer em janeiro de 2024 e também janeiro de 2025.
Os resultados foram bastante expressivos segundo os especialistas e foram negociados empreendimentos de várias fontes renováveis como hidrelétricas, energia solar, energia eólica e também biomassa.
Leilões de Energia A3 e A4 foram bem sucedidos, diz ANEEL
A diversificação da matriz elétrica nacional está entre os desafios do Brasil e foi fomentada através dos leilões na última semana segundo a ANEEL. Para André Patrus, gerente executivo da Secretaria Executiva de Leilões da ANEEL, ambos os leilões foram bem sucedidos e a expectativa é que a tarifa de energia consiga ser reduzida.
“Contratamos todas as fontes ofertadas, colaborando para a diversificação da matriz elétrica nacional, com deságios expressivos e economia da ordem de R$ 2,5 bilhões para os consumidores, considerando a redução do preço da energia negociada em relação ao teto. Esse resultado reduzirá em 1,31 ponto percentual o custo a ser considerado nas tarifas de energia” reforçou ele.
Já a CCEE também acredita que o resultado foi bastante positivo, visto que as negociações permitiram reforçar o interesse sobre as energias renováveis, assim como viabilizar empreendimentos em diversas regiões do país. Para Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE, os resultados foram muito bons.
“Tivemos um resultado muito bom, atendendo à demanda das empresas de distribuição, reforçando o interesse em fontes renováveis e gerando economia para o consumidor. Viabilizamos também investimentos em novas usinas e na expansão de empreendimentos em diversas regiões do país” afirma ele.
51 empreendimentos foram considerados vendedores nos leilões segundo o MME
Ambos os leilões tiveram bons resultados este mês e 51 empresas foram envolvidas no processo, as quais ofereceram o menor preço de venda de sua energia.
33 delas foram projetos endereçados ao Leilão A3, os quais juntos somaram um valor de 2,2bilhões de investimentos.
Já no leilão A4, por sua vez, 18 empreendimentos foram considerados vencedores e juntos somaram um 1,8 bilhão de reais em investimentos futuros.
Dentre os estados favorecidos pelos novos projetos estão Rio Grande do Sul, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.