28/09/23 | São Paulo
Reportagem publicada na Época Negócios
Iniciativa tem como objetivo agregar várias frentes de pesquisas que incluem a análise do uso de hidrogênio verde em processos industriai,s na geração de energia elétrica e na busca por alternativas sustentáveis para a mobilidade urbana
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, inaugurou nesta quinta-feira (28) em Itajubá, Minas Gerais, um Centro de Hidrogênio Verde (CH2V), com um investimento do governo alemão de quase R$ 25 milhões.
A iniciativa tem como objetivo agregar várias frentes de pesquisas que incluem a análise do uso de hidrogênio verde em processos industriais, na geração de energia elétrica e na busca por alternativas sustentáveis para a mobilidade urbana.
Para Silveira, a parceria entre Brasil e Alemanha reforça o compromisso do governo de Luiz Inácio Lula da Silva com a transição energética.
“Essa entrega é também exemplo do que podemos alcançar com a cooperação internacional pela Transição Energética. A colaboração entre Brasil e Alemanha, que há décadas tem produzido frutos nas áreas de energia sustentável e de eficiência energética, alcança mais um grande marco”, declarou o ministro, reforçando que o Centro de Hidrogênio Verde ajudará a “expandir o mercado de hidrogênio verde no país”.
Segundo nota do governo, o CH2V, que será alimentado exclusivamente por painéis fotovoltaicos, vai abrigar laboratórios que serão utilizados por instituições e empresas interessadas em desenvolver pesquisas e aplicações consumindo o hidrogênio de baixa emissão de carbono.
Além disso, os trabalhos incluem experimentos sobre a aplicação do hidrogênio verde junto a empresas siderúrgicas instaladas em Minas Gerais. Também está prevista a inserção, nos cursos de graduação, pós-graduação e especialização, de disciplinas com foco no hidrogênio verde.
Já na segunda etapa, prevista para o próximo ano, será inaugurada uma unidade de produção de hidrogênio verde e uma estação de abastecimento de veículos.
“Sob a orientação do presidente Lula, no Conselho Nacional de Política Energética, definimos uma estratégia clara para o desenvolvimento da produção e uso do Hidrogênio de baixo carbono no Brasil. O nosso plano de ação, já aprovado e em implementação, é ambicioso, contando com 65 ações concretas para tirar a estratégia do papel”, acrescentou.
De acordo com o ministro brasileiro, “não é à toa que já registramos cerca de 30 bilhões de dólares em projetos anunciados de hidrogênio de baixo carbono no país”. “A produção e uso de hidrogênio vão contribuir para o nosso desenvolvimento econômico e social”, concluiu ele, ressaltando o papel da ciência para o desenvolvimento do país.