03/06/19 | São Paulo
O armazenamento de energia elétrica por meio de baterias – tendência em países como Estados Unidos, Alemanha, Austrália e China – torna-se, aos poucos, realidade também no Brasil. Para debater esse assunto, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) recebeu nesta sexta-feira (31/5), durante o Café com Energia, o coordenador da força-tarefa de Armazenamento de Energia Elétrica da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Markus Josef Vlasits.
De acordo com o especialista, além das vantagens econômicas, o armazenamento traz segurança energética e autonomia ao consumidor. Para o setor solar fotovoltaico, em especial, o armazenamento proporcionará mais valor e novas funcionalidades aos sistemas fotovoltaicos, trazendo aos consumidores maior liberdade e autonomia, e contribuindo para ampliar a participação da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira.
Para que o mercado brasileiro de armazenamento possa avançar, o principal desafio a ser superado, segundo Markus Vlasits, é o custo das baterias. “Esses sistemas de bateria de fato serão irresistíveis quando a gente chegar a um custo onde possamos empatar com o preço do diesel. Ainda não estamos aí. Para chegar a isso a gente precisa de baterias mais baratas, desonerar o sistema de armazenamento ou ter uma produção muito competitiva no Brasil. Esse momento sem dúvida chegará”, destacou.
O convidado finalizou afirmando que armazenamento e energia solar fotovoltaica, cada vez mais competitivas, seguirão juntas, abrindo as portas para novas oportunidades de negócio e de crescimento no setor elétrico brasileiro.