24/09/21 | São Paulo
Reportagem publicada no Brasil Energia
País apresentou uma pequena elevação de 0,2%, na comparação anual, com alta de 5,5% no consumo do mercado livre e queda de 2,4%, no ambiente regulado
O consumo de energia se manteve estável nos primeiros 15 dias de setembro, apresentando uma pequena elevação de 0,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados prévios da CCEE. No total, o país utilizou 64.693 MW médios do Sistema Interligado Nacional (SIN), alta de 4,2% frente a 2019.
O consumo de energia no ambiente de contratação livre (ACL), aumentou 5,5% frente a 2020, ao atingir 22.001 MW médios, considerando as novas cargas que migraram para o segmento nos últimos 12 meses. Se desconsiderarmos as novas unidades, o crescimento seria de 1,1%.
Em contrapartida, no mercado regulado, a demanda recuou 2,4% em relação ao ano passado, chegando a 42.692 MW médios. Se excluirmos o efeito da migração de cargas no último ano, a retração seria de 0,2%..
O baixo resultado foi influenciado pelo feriado de 7 de setembro, que ocorreu numa terça-feira e levou a emendas na segunda-feira para parte do comércio. Os números também foram influenciados pela saída de consumidores do ACR para o ACL nesse período.
Na avaliação do impacto da geração distribuída para o consumo de energia no ambiente regulado, foi constatado que o segmento teria recuado 1,8% no período caso não houvesse a instalação de sistemas de micro e miniprodução solar fotovoltaica nas residências e pequenos comércios do país.
Consumo por ramos de atividade
Sem considerar a migração de cargas, os setores de saneamento (24,5%), serviços (19,5%) e comércio (16,7%) foram os que registraram a maior taxa de crescimento no consumo, impulsionado pela retirada total de restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
Já o setor de bebidas (3,5%) registrou a maior retração, seguido pelos ramos de veículos, com queda de 1,3%, e de madeira, papel e celulose, com retração de 0,6%.
Consumo regional
O Nordeste foi a única região onde todos os estados registraram aumento no consumo de energia, com destaque para Alagoas, Paraíba e Piauí, que avançaram 7%. Nas regiões Suceste/Centro-Oeste e Sul, destaque para Goiás (7%), Minas Gerais (3%) e Santa Catarina (2%). Já no Norte, o Pará avançou 2% e o Acre 1%.
Geração
A geração de energia avançou 0,6% na primeira quinzena de setembro, atingindo 67.401 MW médios, já considerando o montante de energia elétrica importada de 1.577,7 MW médios.
Em relação às fontes, a maioria delas apresentou aumento, exceto pela geração hidráulica que recuou 24,7%, reflexo da crise hídrica enfrentada pelo país.
As térmicas apresentaram, considerando o montante importado, um crescimento de 107,4% na produção, seguido pelas usinas solares com alta de 34,4% e eólicas, com incremento de 8,7%.