14/02/23 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Diário Indústria & Comércio
A Copel está com um edital (AQUI) de chamada pública aberto para projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) de novas tecnologias relacionadas à produção de hidrogênio de baixo carbono oriundo de biomassa, biocombustíveis e outros resíduos de natureza orgânica. A data limite para submissão de propostas é 28 de fevereiro de 2023. Serão destinados até R$ 7,6 milhões para projetos contemplados.
Os proponentes devem apresentar projetos que se enquadrem em pelo menos uma das quatro linhas de pesquisa definidas em edital: desenvolvimento de metodologia para produção de hidrogênio de baixo carbono, busca de soluções inovadoras para a logística e distribuição de hidrogênio de baixo carbono, busca de soluções inovadoras para armazenamento do hidrogênio de baixo carbono e busca de soluções inovadoras para novas aplicações e uso do hidrogênio de baixo carbono.
O diretor-geral da Copel Geração e Transmissão, Moacir Bertol, aponta que a busca de oportunidades nesse segmento é um dos destaques do planejamento da empresa para os próximos anos: “Estamos atentos aos novos desafios e oportunidades do setor elétrico e, sem dúvidas, o hidrogênio de baixo carbono, obtido com uso de energias renováveis, enquadra-se nessas características. É importante que a Copel domine essa tecnologia e contribua para que o Paraná desponte na rota do hidrogênio, gerando ganhos ambientais, sociais, tecnológicos e econômicos”, afirma.
O hidrogênio é considerado uma fonte de energia com grande potencial para diversificar a matriz energética brasileira e substituir combustíveis produzidos a partir de fontes fósseis e não-renováveis, como o gás, a gasolina, o diesel e o carvão.
A produção do hidrogênio pode ser feita de diferentes formas e usando diversas fontes de energia. No processo de eletrólise, por exemplo, as moléculas de água são separadas em dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. A grande questão é que este processo para obtenção de hidrogênio consome muita energia elétrica. E, se o objetivo é desenvolver uma fonte alternativa de combustível não poluente e reduzir a emissão de gases de efeito estufa, é necessário que a energia elétrica usada na eletrólise seja proveniente de usinas de fonte limpa e renovável, como as hidrelétricas, solares, eólicas e térmicas a biomassa, por exemplo. Neste caso, obtém-se o chamado hidrogênio de baixo carbono, ou hidrogênio “verde”.