14/02/24 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Plurale
Além de continuar crescendo em capacidade instalada e bater novo recorde em janeiro, fonte solar registrou novo pico de geração instantânea no fim do mês
A energia solar fotovoltaica mantém sua trajetória de crescimento no país. Em janeiro, a fonte superou os 38 gigawatts (GW) de capacidade instalada, mostram novos dados da ABSOLAR, confirmados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A fonte responde por 16,8% da matriz elétrica brasileira.
A capacidade inclui tanto a geração centralizada, de grandes usinas solares contratadas nos leilões do governo, como a geração distribuída (GD), formada por plantas de menor porte, instaladas pelos próprios consumidores. A primeira soma 11,7 GW, enquanto a GD totaliza 26,3 GW, informam UOL, Exame, Época Negócios e Canal Solar.
Na atualização dos números desde 2012, a ABSOLAR indica que a fonte solar gerou mais de R$ 184,3 bilhões em novos investimentos no Brasil, mais de R$ 51,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e cerca de 1,1 milhão de empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de 46,4 milhões de toneladas de CO 2 na geração de eletricidade.
Também em janeiro, a energia solar bateu outro recorde, o de geração instantânea, segundo informação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) repercutida pelo Canal Energia e EnergiaHoje. No dia 30 do mês passado, às 11h40, a produção elétrica solar alcançou a marca de 27.909 megawatts (MW), incluindo micro e minigeração distribuída (MMGD). O montante foi suficiente para atender a 30,4% da demanda naquele minuto de todo o Brasil. O recorde anterior tinha ocorrido em 11 de novembro de 2023, com 27.435 MW, também considerando MMGD.
No dia seguinte, ainda de acordo com o ONS, o subsistema Nordeste também registrou índices inéditos de geração solar instantânea: 9.231 MW, aferidos às 11h18 de 31 de janeiro. O volume correspondeu a 66,8% da demanda da região. A marca mais elevada até então era de 9.035 MW, registrada em 18 de janeiro de 2024.
Em tempo: A energia das usinas solares e eólicas brasileiras também está ajudando o país a faturar alto com a exportação de energia excedente para nações vizinhas. Em 2023, cerca de 844 MW médios de energia elétrica foram comercializados para a Argentina e o Uruguai – sendo este o maior volume já contabilizado em toda a história, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). De acordo com a entidade, a produção elétrica por sistemas fotovoltaicos e eólicos foi fundamental para a formação de um cenário energético mais favorável para a exportação do excedente de energia no ano passado, destaca o Canal Solar. E pelos cálculos da instituição, o benefício para o Brasil chegou a R$ 888 milhões.