29/09/22 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Canal Solar
A energia solar é a fonte renovável que mais emprega mulheres no mercado de trabalho em todo o mundo. É o que aponta um levantamento publicado, nesta quinta-feira (29), pela IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável).
De acordo com o estudo, cerca 40% das contratações realizadas no setor fotovoltaico em 2021 foram de profissionais do gênero feminino.
Trata-se de um número que representa quase o dobro da proporção de mulheres empregadas pelas fontes de geração eólica (21%) e de petróleo e gás (22%)
O montante também é superior ao percentual médio de mulheres empregadas em todos os setores de energias renováveis, que é de 32%.
Com relação aos tipos de serviços realizados, o levantamento do IRENA constatou que 47% dos empregos criados para o gênero no setor solar foram relacionados à fabricação de equipamentos.
Tipos de serviços
Prestadores de serviços e desenvolvedores vem logo atrás com 39% e 37%, respectivamente, enquanto os instaladores de energia fotovoltaica têm o menor desempenho, com apenas 12% da força de trabalho do segmento.
Apesar dos números, a IRENA alerta a sociedade para a necessidade de mais igualdade de oportunidades para mulheres em posições de ciência, tecnologia e engenharia, onde a representatividade é de cerca de 38%.
“Além disso, há um amplo espaço para as mulheres assumirem mais cargos de tomada de decisão, pois atualmente ocupam 30% dos cargos gerenciais e apenas 13% dos cargos de gerenciamento sênior no setor de energia solar fotovoltaica”, pontua o relatório.
O estudo
Este é o terceiro relatório publicado pela IRENA com o intuito de avaliar o papel das mulheres no setor de energia solar e destacar suas eventuais barreiras e oportunidades. Ao todo, foram ouvidas 1,3 mil empresas e organizações.
“Aumentar a conscientização sobre a igualdade de gênero, melhorar as políticas nacionais e locais de trabalho, oferecer mais treinamento, oportunidades de networking e acesso a mentores são passos críticos para nivelar o campo de jogo para as mulheres no setor”, finaliza o estudo.