24/07/20 | São Paulo
Quando dois gigantes, com 2,7 bilhões de habitantes, escalam a tensão em suas fronteiras, o mundo todo fica em estado de alerta. Nesse contexto, Índia e China têm uma longa história de embates sobre os mais de 3.440 quilômetros de fronteira que separa os dois países. Com o ressurgimento das tensões, o governo indiano busca reduzir a dependência das importações chinesas, incluindo os insumos do estratégico mercado solar fotovoltaico, e apresenta a maior usina solar do mundo.
A expansão da energia solar na India e a maior usina fotovoltaica do mundo
Em 2010, o governo indiano definiu a energia solar como prioridade e tinha então, 10MW de capacidade instalada, e meta de atingir 20GW no final da década. Já alcançaram 30GW e almejam 100GW até 2022. India começou tarde, mas acelerou e já ocupa a quarta posição mundial no ranking da geração fotovoltaica mundial, correspondendo a aproximadamente 38% da capacidade global. Além disso, India orgulha-se de possuir o maior parque solar do mundo localizado em Rajasthan.
Desde 2018, a India estabeleceu medidas protecionistas contra os produtos chineses, que dominam cerca de 80% do mercado global. Além disso, o governo indiano implementou ações de incentivo ao aumento da capacidade da manufatura local. Além disso, metas agressivas foram estabelecidas, tais como: eliminar a importação de módulos chineses, que já responderam por 80% a 90% da demanda do país, através do aumento da capacidade produtivo para 3GW. O discurso já está em prática: as importações entre 2018-19 já reduziram 45% e os novos projetos de usinas solares gigantes são notícias frequentes nos jornais locais.
Os benefícios são muitos e conhecidos. Por exemplo, o projeto anunciado do governo indiano de 12 GW a ser construído, reduzirá as emissões de gases de efeito estufa equivalentes a mais de 480 milhões de árvores durante sua vida útil e criará 400 mil empregos diretos e indiretos.
Muitos passos adiante na jornada brasileira de expansão da energia solar
Aqui no Brasil, recentemente alcançamos a marca de 6 GW de capacidade instalada para geração solar fotovoltaica. Embora sujeitos a contextos bem distintos, a expansão indiana pode contribuir para ganho de agilidade e eficiência na expansão da energia solar fotovoltaica no Brasil. De fato, existem muitos modelos possíveis e diferentes portes de usinas aplicáveis. Um modelo intermediário que vem apresentando boa aceitação, concilia escala intermediária e modelo de compartilhamento de fazendas solares para consumidores do mercado cativo nacional, como oferecido pela SUNWISE, empresa especializada no tema.
O mercado brasileiro com seu mercado cativo de mais de 84 milhões de unidades consumidoras agradece as novas opções de energia solar. Até então, todas essas residências, comércios e indústrias tinha poucas alternativas ao consumo da distribuidora local. Agora podem produzir sua própria energia, possuem alternativas para reduzir seus gastos de energia sem investir, e ainda, contribuir com o meio ambiente.