26/03/25 | São Paulo
Parcelas podem substituir a conta de energia, e crédito acessível facilita a adesão ao sistema
Publicado pelo portal O Liberal – 25/03/2025
Reportagem: Gabi Gutierrez
A energia solar tem ganhado cada vez mais adeptos, tanto em residências quanto em empresas, principalmente pelo seu custo-benefício a longo prazo. No entanto, um dos principais obstáculos para a instalação de sistemas fotovoltaicos é o valor inicial do investimento. Para quem não dispõe do montante necessário de imediato, o financiamento pode ser uma alternativa viável. Contudo, a preocupação com as taxas de juros continua sendo uma barreira para muitos consumidores.
Com o crescimento do mercado de energia solar, mais pessoas estão se aventurando nesse setor, mas nem todos os empreendedores possuem a estrutura necessária para oferecer um serviço de qualidade. “Hoje, muitas pessoas que trabalham como eletricistas enxergam uma oportunidade e, muitas vezes, abrem um CNPJ, um MEI, e terceirizam todos os serviços, o que coloca em risco a segurança do cliente. O ideal é que a empresa tenha uma estrutura física, como uma loja e uma equipe preparada para dar suporte ao cliente”, explica Ruan Gomes, diretor comercial de uma empresa voltada para instalação desse recurso na Grande Belém.
Ele pontua que a falta de uma estrutura bem definida é um risco para o consumidor, que pode ter dificuldades caso o sistema apresente problemas. Ter uma empresa com presença física e um time especializado ajuda a dar mais segurança e confiança ao cliente.
A grande dúvida de muitos consumidores é: vale a pena financiar o sistema de energia solar? De acordo com Ruan, a resposta é afirmativa. Ele explica que, por exemplo, se uma pessoa paga R$ 600 mensais de conta de luz, isso significa um consumo médio de 500 kWh. “Hoje, um projeto para essa demanda pode ser financiado com juros de 1,7% a 1,8% ao mês, e a parcela do financiamento pode ser menor do que a conta de luz anterior”, detalha. Nesse caso, ao investir na energia solar, o cliente deixa de pagar a concessionária de energia, pois começa a gerar sua própria eletricidade, o que resulta em economia.
Ruan também destaca a vantagem de que a parcela do financiamento pode substituir o valor da conta de energia. “Em vez de pagar a concessionária, o cliente começa a pagar a parcela do financiamento, que tem um prazo para terminar”, afirma.
Outro ponto positivo do financiamento de energia solar é a possibilidade de obter carência de até 120 dias para começar a pagar a parcela. “Se o cliente fechar o contrato hoje, 25 de março, por exemplo, ele pode começar a pagar a parcela apenas em 25 de julho”, afirma Ruan. Isso permite que o cliente tenha mais tempo para se ajustar financeiramente antes de começar a arcar com a nova despesa.
Além disso, a maioria dos financiamentos para energia solar não exige comprovação de renda, o que facilita o acesso ao crédito. “Cerca de 90% dos financiamentos não exigem essa comprovação. O processo é simples, basta solicitar a análise e, se aprovado, o crédito é liberado de forma rápida”, explica Ruan. Essa facilidade tem sido um grande diferencial, permitindo que mais pessoas consigam investir na instalação de sistemas fotovoltaicos.
Existem várias opções para quem deseja financiar a energia solar, desde bancos tradicionais, como Bradesco, Banco do Brasil e Itaú, até fintechs e financeiras especializadas, como Sofácio, BV e Solagora. Ruan explica que essas fintechs têm se especializado em oferecer linhas de crédito voltadas exclusivamente para energia solar, trabalhando com clientes que estão com o nome limpo no mercado. “Essas opções facilitam o acesso ao crédito para quem quer investir em energia solar”, completa.