04/02/23 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Diário do Nordeste Online
Ministro da Fazenda reuniu-se com diretores da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), que também disseram que o Brasil pode tornar-se protagonista no Hidrogênio Verde
Reuniram-se nesta semana em Brasília o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e diretores da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Eles debateram como a energia solar fotovoltaica pode ser uma ferramenta estratégica para a transição energética e o combate à crise climática.
Entre os temas tratados, destacou-se o do potencial de desenvolvimento de um mercado competitivo de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, ajudando a posicionar o país como protagonista mundial na geopolítica de transição energética.
A ABSOLAR também recomendou a inclusão da fonte solar fotovoltaica nos projetos de habitação de interesse social, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, e também em escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus e parques.
No caso das grandes usinas solares, a ABSOLAR propôs um maior protagonismo da fonte solar nas contratações de leilões de energia elétrica do governo federal, já que a energia solar é a mais competitiva do País, ajudando na redução da conta de luz da população.
“Para o Brasil tornar-se a potência sustentável que almeja, é preciso inverter a lógica de políticas públicas no setor de energia: diminuir subsídios, incentivos e desonerações às fontes fósseis e aumentar o apoio às fontes limpas e renováveis, bem como às novas tecnologias de armazenamento energético e o próprio H2V. É nesta direção que o mundo caminha e é isto que a sociedade brasileira e a comunidade internacional esperam de nossos líderes”, comentou Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.
“O maior apoio às fontes renováveis também pode impulsionar o processo da chamada ‘reindustrialização verde’, atraindo novas fábricas para o Brasil, com mais capital estrangeiro, novas oportunidades de negócios e novas tecnologias”, acrescentou ele.
Além de Sauaia, o encontro com o ministro Haddad contou com a participação de demais membros da entidade, como Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída, Camila Ramos, vice-presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde, Ricardo Barros, vice-presidente de geração centralizada, e Rodrigo Pedroso, conselheiro fiscal.
“A fonte solar ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de mais aumentos na conta de luz da população. A ABSOLAR, na reunião, recomendou que o governo amplie o uso da energia solar fotovoltaica para acelerar a atração de investimentos, geração de empregos e renda, fortalecer a sustentabilidade e a liderança internacional do Brasil”, diz Sauaia.