01/03/24 | São Paulo
Por: Henrique Hein
Reportagem publicada pelo Canal Solar
Fonte fotovoltaica contabilizada cerca de 39 GW de capacidade instalada no país, segundo dados da ABSOLAR
A participação da energia solar na matriz elétrica brasileira subiu de 11,6% para 17% em apenas um ano, apontam dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Entre os meses de fevereiro de 2023 e deste ano, foram instalados cerca de 14 GW de potência no país, fazendo com que a fonte atingisse aproximadamente 39 GW de capacidade operacional.
Tamanho crescimento fez com que a tecnologia se consolidasse na segunda posição entre as fontes com a maior participação na matriz elétrica, se distanciando ainda mais das usinas eólicas, que contam com 12,9% de participação.
No momento, a energia solar é superada apenas pelas hidrelétricas – que detém quase metade da potência total instalada (48,7%) de energia elétrica do país.
Vale ressaltar, contudo, que as usinas hídricas estão perdendo espaço na matriz elétrica com o crescimento de todas as fontes renováveis.
Há três anos, em fevereiro de 2021, por exemplo, o percentual de participação das hidrelétricas era de 60%, contra apenas 1,7% da energia solar e 9,8% de eólica.
De acordo com a ABSOLAR, o setor fotovoltaico nacional já movimentou mais de R$ 189 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 1,1 milhão de empregos desde 2012.
Com isso, também ajudou a união, os estados e os municípios a arrecadarem R$ 49,6 bilhões em tributos no período, além de ter evitado a emissão de 45 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
“O Brasil acordou para a energia solar e seus benefícios. Aproveitar uma fonte de energia limpa e barata ajuda no processo de transição energética, além de estimular a diversificação do suprimento de eletricidade, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de aumentos na conta de luz”, disse Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da associação.