28/02/20 | São Paulo
A energia solar representa pouco mais de 1% da matriz energética do país. Mas essa fatia saltará a 8% em dez anos, segundo o plano do governo. Os investimentos para sustentar a meta já estão em curso, segundo especialistas. Somente em grandes usinas solares, estão previstos R$ 9,5 bilhões em projetos até 2025.
Na geração distribuída, em que a energia solar é produzida em painéis em telhados e fachadas de casas ou empresas – além das fazendas solares (que geram e vendem energia solar em terrenos) – a estimativa é que outros R$ 16 bilhões sejam movimentados, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), em investimento, emprego e imposto.
– Essa fonte (de energia) começa a crescer de forma acelerada, num movimento semelhante ao que o setor eólico passou desde 2008 – diz Thiago Abreu, diretor da G2A Consultores, especializado em energias renováveis.
O volume de energia solar que o governo espera incluir na matriz energética – 7 gigawatts (GW) – é suficiente para abastecer mais de 3,6 milhões de residências.
Enquanto a geração distribuída aguarda novas regras da Aneel, a agência reguladora, e do Congresso, grandes usinas avançam. Segundo a consultoria Greener, especializada em energia solar, os R$ 9,5 bilhões que devem ser investidos em novas usinas só consideram empreendimentos já contratados em leilões. Ao menos outros R$ 10,6 bilhões foram aplicados até 2019.
– O total de investimentos não inclui os próximos leilões que a Aneel deve realizar. Portanto, o total até 2025 será maior — diz Márcio Takata, presidente da Greener.