15/01/24 | São Paulo
Reportagem publicada pelo Portal Solar
Cerca de 3.700 GW devem entrar em operação no mundo entre 2023 e 2028, com eólica e solar respondendo por 95% da expansão, estima IEA
O mundo deve acrescentar mais capacidade instalada de energia renovável nos próximos cinco anos do que em toda a história, mostra relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Conforme o estudo, cerca de 3.700 GW devem entrar em operação entre 2023 e 2028.
Até o final de 2022, o mundo contava com cerca de 3.382 GW de potência operacional de energia renovável. As fontes solar e eólica devem responder por 95% da expansão, se beneficiando de custos de geração menores que as alternativas fósseis e não fósseis. Nos próximos anos, os seguintes marcos são esperados:
A China deverá responder por quase 60% da nova capacidade renovável global estimada até 2028. Apesar da retirada de subsídios entre 2020 e 2021, o desenvolvimento de projetos solares e eólicos está acelerando no país asiático, impulsionado pela atratividade econômico das tecnologias e políticas de incentivos para contratos de longo prazo. A IEA prevê que a China deverá atingir a meta de eólica e solar estipulada para 2030 em 2024, seis anos antes do prazo.
Até 2028, o acréscimo de capacidade eólica e solar deve mais que dobrar nos EUA, União Europeia, Índia e Brasil em relação aos últimos cinco anos. Essa aceleração deve ser motivada por políticas de incentivos e melhora da atratividade econômica das tecnologias. A expansão das renováveis também é esperada em outras regiões do mundo, especialmente o Oriente Médio e o Norte da África.
Avanço recorde em 2023
O mundo acrescentou 507 GW de capacidade instalada de energia renovável em 2023, crescimento de quase 50% em relação ao volume adicionado em 2022, mostra o relatório da IEA. Foi o 22º ano consecutivo de avanço recorde no setor.
Conforme o estudo, a energia solar fotovoltaica respondeu por 66% da capacidade global acrescentada. As renováveis tiveram crescimento recorde na Europa, Estados Unidos e Brasil, mas o incremento foi mais uma vez impulsionado pelo forte ritmo de instalações na China.