22/07/20 | São Paulo
Como parte de sua política de adotar as melhores práticas no uso de energia renovável, compromisso público assumido em 2017 ao aderir à “RE100” – iniciativa global de estímulo à transição para o uso de fontes limpas -, a Vivo passará a produzir sua própria energia.
Por meio do modelo de geração distribuída, a empresa utilizará fontes renováveis de origem solar (61%), hídrica (30%) e de biogás (9%). A iniciativa abrange todas as regiões do País, com usinas operando em 23 estados além do Distrito Federal.
Em Minas, o projeto, em parceria com a Hy Brazil, contempla nove usinas, nas cidades de Antônio Dias, Lajinha, Guanhães, Itajubá, Maria da Fé, Juiz de Fora, Delfim Moreira, Santos Dumont e São Francisco do Glória, todas de fonte hídrica, com capacidade de 22,4 MW. A mais recente entrou em operação este mês, em Santos Dumont.
O projeto responderá por mais de 80% do consumo da Vivo em baixa tensão, atendendo mais de 28 mil unidades da empresa, como lojas, torres, antenas, equipamentos de telecomunicações e escritórios.
Além de contribuir com o meio ambiente por ser renovável e de baixo impacto, a medida deve gerar à Vivo uma economia anual importante nos gastos com energia.
“A geração distribuída busca consolidar ainda mais o modelo de negócio sustentável da Vivo baseado em fatores Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) e que incrementa nosso potencial de geração de valor a longo prazo. Adicionalmente, esta iniciativa reafirma nosso compromisso em manter um consumo de energia 100% renovável, além de impulsionar nossa eficiência gerando reduções relevantes de custo”, diz o vice-presidente de Finanças da Vivo, David Melcon.
O modelo teve início em 2018 no Estado de Minas Gerais, área de concessão da Cemig, com o abastecimento das mais de 3 mil estações rádio base da empresa. O projeto, em parceria com a Hy Brazil, contempla um conjunto de usinas de fonte hídrica com capacidade de 22,4 MW. Nesta segunda fase, o modelo está sendo expandido oficialmente para todo o País. Duas usinas já estão em operação: no município de Aripuanã, no Mato Grosso, e na cidade de Campinas, no estado de São Paulo.
No Mato Grosso, área de concessão da Energisa MT, a usina em parceria com a empresa Centrais Elétricas Salto dos Dardanelos iniciou sua operação em março deste ano, com capacidade de 3,5 MW, produzida a partir de fonte hídrica.
A usina de Campinas, de fonte solar e instalada em uma área de 80 mil m², em parceria com a TMW Energy, iniciou operação em junho, com capacidade de 4,77MW na área de concessão da CPFL Paulista.
Vale ressaltar que a fonte solar será um dos principais recursos renováveis utilizados em todo o projeto de geração distribuída da Vivo. Para se ter uma ideia, ao final do processo de instalação, a área total das usinas solares espalhadas por todo país será o equivalente a 350 campos oficiais de futebol.
O cronograma de expansão segue nos próximos meses. Os investimentos são realizados pelas empresas contratadas, com a contrapartida de uma parceria de longo prazo com a Vivo, de até 20 anos. Com todas as usinas operando, a Vivo produzirá cerca de 670 mil MWh/ano de energia, o suficiente para abastecer todo o consumo de uma cidade de até 300 mil habitantes.
Impactos socioeconômico e ambientais – O projeto, até por sua magnitude, tem potencial de impactar ou até mesmo modificar o cenário econômico de uma região. Cada usina terá sua operação e gestão, mas a Vivo estima a criação de dezenas de empregos diretos e indiretos durante as fases de construção e operação, a exemplo das operações já iniciadas em Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo.
Um levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) mostra que para cada R$ 1 investido em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes usados para abastecer residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e ambientais aos brasileiros.
“Diversificando a nossa matriz energética, promovemos a inovação capaz de agregar valores socioambientais, econômicos, além de mitigar riscos climáticos”, afirma o diretor de Patrimônio da Vivo, Caio Guimarães.
“A obtenção de energia por meio da geração distribuída, em pequenas usinas, próximas aos pontos consumidores, contribui ainda para minimizar as perdas no sistema de distribuição, além de reduzir as emissões de CO2 e evitar impactos de grandes empreendimentos no meio ambiente e comunidade”, explica o executivo.
Energia 100% renovável – A Vivo tornou seu consumo totalmente renovável a partir de novembro de 2018, quando migrou de um cenário com consumo de 26% de energia proveniente de fontes renováveis – obtidas tanto no mercado livre como em geração distribuída – para 100%, por meio da aquisição de certificados de energia, os I-RECs (International Renewable Energy Certificates) de fonte eólica para o restante do consumo de energia elétrica.
Em 2019, a energia proveniente de fontes renováveis permitiu à Vivo reduzir 50% de suas emissões diretas e indiretas de CO2 e viabilizou à empresa neutralizar suas emissões dos gases causadores do efeito estufa. Com a expansão da Geração Distribuída, a Vivo tem expectativa de reduzir a aquisição de certificados nos próximos anos.
Eficiência e redução no consumo – Os objetivos da Vivo no campo energético contemplam também metas para aumento da eficiência e redução no consumo, que possibilitaram à empresa uma economia de cerca de 7% no uso de energia em 2019.
Entre as medidas está o investimento na modernização da rede, com a implantação de tecnologia avançada, desligue de equipamentos obsoletos e substituição de equipamentos por ativos mais modernos, com maior capacidade de informação e igual ou menor consumo. No último ano, as inciativas da Vivo no campo da eficiência energética compensaram 120 GWh – energia suficiente para abastecer mais de 57 mil residências populares.