27/08/24 | São Paulo
Confira alguns dos destaques que os especialistas do TECREG – o Departamento Técnico Regulatório – da ABSOLAR separaram para você.
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Na abertura, o Diretor Executivo da Solar Promotion International, Dr. Florian Wessendorf, falou sobre a energia solar para um futuro sustentável na América do Sul. Relatou que o continente tem recursos solares abundantes e como se pode aproveitar a energia solar para o crescimento econômico, redução de emissões e segurança energética. “A colaboração entre governos, setor privado, academia e sociedade civil é crucial para o sucesso da energia solar”.
O Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, falou sobre o papel da associação para resolver cortes de geração, e apresentou boas perspectivas com relação ao aumento da demanda. “A eletrificação já é uma realidade, os carros elétricos, a inteligência artificial demanda um volume enorme de energia e o Brasil tem um potencial enorme. São apenas 4 residências a cada 100 com energia solar, enquanto na Austrália são 30”, destacou.
O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, enriqueceu o diálogo apresentando dados relevantes do crescimento do mercado solar no mundo, que já atingiu 1,5 TW em 2023, pode chegar em 5,1 TW até 2028. No cenário ambiental, destacou “é fundamental o compromisso do governo federal na neutralização de emissões das matrizes elétrica e energética”.
Rodrigo Sauaia também abriu o primeiro painel do dia, com tema “panorama do setor elétrico”, em que apresentou os grandes números do setor elétrico brasileiro, cuja segunda principal fonte é a solar fotovoltaica. “Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica estava atrás da fonte nuclear, com 0,1% de participação na matriz, chegando a 19% agora em 2024, dois terços na geração distribuída e um terço na geração centralizada”.
Tratando dos subsídios às fontes fósseis, ressaltou que a cada 1 real de incentivo dado para fontes limpas e renováveis, 5 reais são concedidos para fontes fósseis poluidoras. “No debate de subsídios, já há previsão para o fim dos incentivos das fontes renováveis, precisamos também colocar nesta rota as fontes fósseis, que devem ter esses subsídios retirados antes das renováveis, uma vez que se beneficiam destes incentivos há mais tempo.”
O Diretor da BSW, David Wedepohl, evidenciou como programas de governo e incentivos contribuíram para o crescimento do mercado solar alemão, com um potencial de radiação solar bem menor que o brasileiro e praticamente concentrado em usinas residenciais de telhado. Além disso, destacou o crescimento do armazenamento de energia elétrica, “o custo das baterias caiu pela metade na Alemanha no ano passado, com um crescimento de 3% de instalações no último trimestre”. Alemanha atualmente alcançou 15.8GWh de armazenamento em baterias até junho de 2024. A metade dos carregadores de carros elétricos em Alemanha funcionam com Energia Solar.
A CEO da SEIA, Abigail Ross, apresentou alguns desafios que têm impulsionado o mercado solar nos Estados Unidos. “Nós temos inúmeros eventos climáticos que comprometem a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica, por isso, os consumidores têm investido em sistemas de armazenamento”. Em 2023, 12% dos sistemas de geração distribuída foram instalados com banco de baterias, em 2028, serão, aproximadamente, 1 a cada 3. No que se trata de cadeia produtiva, também há inseguranças na cadeia de suprimento, tanto proveniente da Covid-19, quanto por tensões políticas, que tem impulsionado o desenvolvimento de uma indústria local. A CEO ressaltou que ano passado a produção de energia solar fotovoltaica chegou a ser mais do que 50% da energia total do país (USA). Um recorde que este ano já está sendo superado.